A Força Sindical assumiu, no dia 2 de agosto, a presidência do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). O novo presidente é Sérgio Luiz Leite, o Serginho, também presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Fequimfar). O mandato terá duração de dois anos e representa um período estratégico para a discussão de políticas públicas voltadas à geração de emprego, renda e qualificação profissional.

Além da Força Sindical, participam do Codefat outras centrais, como CUT, UGT, CTB, Nova Central e CSB. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que ocupava a presidência do Conselho até a posse de Serginho, agora atua como vice-presidente no colegiado.

Representação tripartite

O Conselho do FAT é composto por 18 representantes — seis dos trabalhadores, seis do governo e seis do empresariado —, todos sem remuneração. Para viagens de trabalho, cada conselheiro recebe passagem aérea e diária de R$ 216,00. As contas do Fundo são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Com um orçamento de R$ 110 bilhões, o FAT direciona 28% de seus recursos ao BNDES e ainda financia o seguro-desemprego, o seguro-defeso (voltado aos pescadores) e o abono salarial. Apesar da robustez do orçamento, cerca de R$ 21 bilhões têm sido anualmente desviados para cobrir déficits da Previdência Social, o que tem motivado debates sobre a necessidade de ampliar os recursos disponíveis para políticas de emprego e qualificação.

Formação profissional

Para Serginho, a atualização profissional dos trabalhadores é uma prioridade diante das transformações no mundo do trabalho.

“Essa demanda é urgente, tendo em vista as novas tecnologias, a indústria 4.0 e outros avanços em vários setores econômicos, que precisarão de profissionais cada vez mais qualificados”, destacou.

Entre as propostas do novo presidente estão a ampliação de parcerias com entidades especializadas em formação, como a Escola Dieese de Ciências do Trabalho, e com Secretarias do Trabalho estaduais e municipais, visando fortalecer a intermediação de mão de obra e programas de capacitação.

Na primeira reunião do Conselho, realizada no dia 27 de agosto, os conselheiros discutiram o fortalecimento de políticas públicas de emprego e renda em meio às rápidas mudanças nas relações entre capital e trabalho